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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Como se alimentar durante uma corrida de aventura de uma semana?

Andrea Matarazzo fala sobre alimentos práticos e que garantem a energia necessária durante a prova

 

A nutricionista Andrea Matarazzo participou no ano passado do Mundial de Corrida de Aventura no Pantanal. Foram sete dias de prova que testaram os limites físicos e emocionais dos participantes.

Além de organizar todos os equipamentos necessários para a competição, preparar a alimentação para a semana de prova foi um dos maiores desafios da equipe formada por Andrea, Marcelo Museal, José Luiz Gomes e Alexandre Gusson. 

Além de organizar todos os equipamentos, preparar a alimentação para a semana de prova foi um dos maiores desafios da equipe. Foto: arquivo pessoal 
Além de organizar todos os equipamentos, preparar a alimentação para a semana de prova foi um dos maiores desafios da equipe. Foto: arquivo pessoal
“Nós precisávamos de alimentos que durassem sete dias naquele calor e umidade do Pantanal, que fossem ‘leves’ para que não pesassem na mochila e que fossem adequados para suprir e repor nossa necessidade diária de energia ao longo de toda a semana de prova”, conta Andrea. 

Sabendo o que levar, é importante organizar os momentos de alimentação. “Pelo pouco que sabíamos da prova imaginamos que durante as pernas de remo seria um bom momento para ingerirmos as fontes de proteína, já que sua absorção é mais lenta, e como não haveria corredeiras mas apenas rios, nossa frequência cardíaca ficaria mais baixa não interferindo na digestão”, explica. 

Nas partes de treeking, a equipe teria duas serras para subir então se organizaram para levar carboidratos de rápida absorção para as subidas como bala de goma, paçoca, bolinhos naturais, frutas secas, biscoitos salgados e azeitonas. 

“Já na bike, sabíamos que seria areião, a perna de mais desenvolvimento e velocidade da prova, então levamos a maltodextrina, que não só nos dá energia como nos ajuda a manter o corpo hidratado, gel de carboidrato e outros lanches práticos como castanhas e uva passa, jujubas e azeitonas.” 

Outro ponto importante é arrumar as caixas de apoio. Foto: arquivo pessoal  
Outro ponto importante é arrumar as caixas de apoio. Foto: arquivo pessoal
A ideia do time era parar uma vez ao dia para fazer uma refeição. O cardápio dessas refeições incluía comidas liofilizadas e comidas industrializadas cozidas no vapor como batata, mandioca, ervilha, milho, carne seca e frango desfiado. 

“Para dar um ‘toque final’ no nosso cardápio pantaneiro, resolvi testar alguns alimentos feitos em casa colocando-os em uma mini máquina à vácuo e os deixei dez dias ao ar livre, pegando sol e chuva”, conta Andrea. O único alimento que resistiu foi o arroz. “Não tive dúvida, fiz duas panelas de arroz e levei para a equipe toda para comermos nas refeições com a carne ou o frango e deu super certo.” 

Outro ponto importante é arrumar as caixas de apoio. “Organizamos saquinhos com snacks para 12 horas de prova e sempre levamos de dois a quatro saquinhos com a porção já pronta de maltodextrina”, explica. Além disso, cada caixa também continha um saco de bisnaguinha com salame ou provolone. Segundo Andrea, o provolone não durou os sete dias de prova mesmo fechado. “Deixar líquidos nas caixas como Nescau pronto, sucos e isotônicos é essencial principalmente em provas quentes e úmidas em que a desidratação é uma constante”, afirma a nutricionista. 

Mas além da comida, a equipe enfrentou outra grande preocupação durante a prova: a hidratação. “No início só tinhamos água do rio Paraguai para beber, uma água escura com gosto não muito agradável, além das gotas de clorofila das plantas aquáticas que vinham junto, brincavámos que era o ‘suco verde’ do Pantanal.” Os atletas usavam hidrosteril para purificar a água e pastilhas de hidroelétrolítico para melhorar o gosto e repor os sais minerais. 

“No trekking após a Serra do Amolar a água era sempre translúcida, mas mesmo assim a sensação de sede era constante. Em alguns momentos seguimos o conselho do meu treinador Caco Fonseca (Equipe Selva) de dar um gole e deixar a água na boca durante algum tempo.”

 Fonte: http://www.webventure.com.br


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